MPHP - Mario Sergio Porto
Online desde 1997

MPHP ´Mario Sergio Porto - Autor


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Porque uma HP? Filosofia da MPHP



A MPHP iniciou suas atividades em 1997, naquela época hospedada como página pessoal em um provedor, nos primórdios da Internet no Brasil. Fomos, com certeza, senão o primeiro, um dos primeiros sites a tratar de humanismo. Em 2007, foi adquirido o domínio MPHP e a página instalada em um CSS Joomla, situação que perdurou até setembro de 2021, quando incompatibilidades entre a versão antiga Joomla e o PHP, fizeram com que abandonassemos a CSS e partíssemos para uma página em PHP puro. Esta é a nova versão, qu está sendo programada por mim mesmo, que estou longe de ser um programador profissional. Decidi encarar esta tarefa devido à elevada complicação e ao custo de uma migração para versões mais avançadas do Joomla, realizada por programadores profissionais.

A nossa intenção, ao criar uma homepage na Internet, é a de realizar uma vontade que todo cidadão que julga ter alguma coisa a dizer para seus semelhantes almeja: possuir um meio onde possa expressar suas idéias. Quantas vezes queremos dar nossa contribuição e não podemos fazê-lo por nos faltar meios eficazes de alcançar as pessoas. É assim que, lá nos idos de 1997, invejávamos, no bom sentido, aqueles que podem fazê-lo muitas vezes por força de suas próprias profissões, mas hoje, qualquer um pode, sem muitos custos.

A Internet veio, de certo modo, suprir esta necessidade para o cidadão comum e estaremos desperdiçando recursos valiosos se também não a utilizarmos com esta finalidade.

Não restringimos o conceito de sociedade ao país em que vivemos, que sabemos necessitar da discussão de seus complexos problemas, mas o estendemos a toda a humanidade.

Afinal, vivemos cada vez mais numa aldeia global, embora não sejamos partidários do multiculturalismo e cultuemos os valores e identidades nacionais de um povo. 

Não temos a intenção de produzir "fancy homepages", mas colocarmos matéria para discussão. Portanto, não esperem muitas cores e figuras, mas podem contar com muitos textos polêmicos. Com isso, não estamos criticando aqueles que se preocupam mais com esse aspecto, apenas estamos definindo, "a priori", a praia em que queremos surfar.

Desde que a MPHP foi inaugurada, em 1997, naquela época e até 2005 hospedada em um diretório de um provedor qualquer, sem um domínio próprio, que sua filosofia foi orientada sobre três pilares básicos: o combate ao obscurantismo religioso sem combater as religiões, a discussão de problemas brasileiros e a divulgação de novos conhecimentos científicos no limiar do conhecimento.

Combatemos o obscurantismo religioso enfocando os mitos religiosos à luz da pesquisa histórica, oferecendo alternativas às inúmeras pessoas que não se contentam com explicações baseadas em histórias com as do gênesis.

Jamais pregamos radicalmente contra a fé das pessoas, mas não podemos ficar calados, quando massas de baixo nível cultural são enganadas por seitas como a IURD – Igreja Universal do Reino de Deus, cuja pregação se alinha entre as menos preparadas teologicamente, dando ênfase a episódios que as teologias mais avançadas já reconhecem, nitidamente, como mitológicos.

É neste sentido, que preparamos nossos textos ou convidamos autores para escrevê-los. A pesquisa. dos últimos 2 séculos, sobre O Jesus Histórico, aquele homem o qual podemos resgatar utilizando as modernas técnicas de historiografia, já demonstrou que este personagem, conforme retratado pelos evangelhos sinópticos, é uma criação da Igreja Primitiva e não pode ser mais creditado como de sua autoria, tudo que os Evangelhos afirmam que ele teria dito ou realizado.

Em relação ao segundo objetivo, abrimos espaço para as preocupações com os Problemas Brasileiros que, como cidadãos, temos que fazer a nossa parte tentando ajudar na discussão de soluções. A Internet é uma poderosa arma para o cidadão comum se manifestar e fazer suas idéias e reclamos chegarem às autoridades a um custo muito baixo. Estaríamos nos omitindo se ,possuindo conhecimento técnico, não a utilizássemos com esta finalidade.

O terceiro pilar, a divulgação de conhecimentos científicos novos, das três bases de nossos objetivos foi aquela que tivemos até hoje menos desenvolvimento e, por isso mesmo, nesta nova fase da MPHP, com design novo, iremos priorizar.

Esperamos poder contar com nossos visitantes no novo Fórum próprio da MPHP, onde iremos programar discussões sobre os três pilares de nossa filosofia de trabalho.

Sejam bem-vindos à nova MPHP.



Máquinas mais Inteligentes do que Humanos - Quando?



O jogador não esperava estar naquele lugar. Mas refletindo, ele pensou que havia mostrado alguma bondade em seu tempo. Aquele lugar era ainda mais belo e agradável do que ele imaginara. Por todo lado havia magníficos candelabros de cristal, os mais finos tapetes feitos à mão, as mais suntuosas comidas e sim, as mais belas mulheres, que pareciam intrigadas com seu mais novo companheiro de Paraíso. Ele tentou a mão na roleta e surpreendentemente seu número foi sorteado uma vez após outra. Ele tentou as mesas de jogo e sua sorte era nada menos do que notável: ele ganhou partida após partida. Na verdade seus ganhos estavam causando uma verdadeira comoção, atraindo muita excitação do atencioso staff e das lindas mulheres.

Esta situação continuou dia após dia, semana após semana com o jogador ganhando todas as apostas, acumulando maiores e maiores ganhos. Tudo corria a seu jeito. Ele se mantinha ganhando. E semana após semana, mês após mês a cadeia de sucesso do jogador permanecia inquebrantável.

Após algum tempo, ele começou a ficar entediado. O jogador estava ficando cansado, os acertos estavam começando a perder o sentido. Todavia nada mudava. Ele continuava ganhando cada jogo, até que um dia, o agora angustiado jogador dirigiu-se a um anjo que parecia estar encarregado e disse que não agüentava mais. Afinal, o Paraíso não era para ele. Ele havia descoberto que estava destinado para "o outro lugar", sem dúvidas e com certeza, lá era aonde ele desejava estar.

"Mas este é o outro lugar", veio a resposta.

Estas são minhas lembranças de um episódio de Além da Imaginação (The Twilight Zone) que assisti quando era criança. Não me lembro do título, mas eu o chamaria de "Cuidado Com O Que Você Deseja." Como esta instigante série costumava fazer, ela ilustrou um dos paradoxos da natureza humana: Gostamos de resolver problemas, mas nós não desejamos que todos eles sejam resolvidos, pelo menos tão rapidamente. Estamos mais ligados nos problemas do que nas soluções.

Tome, por exemplo, a morte. Uma grande parte de nossos esforços, segue na direção de evitá-la. Fazemos esforços extraordinários para adiá-la e com certeza consideramos sua intrusão um evento trágico. Todavia, acharíamos difícil viver sem ela. A morte confere sentido às nossas vidas. Ela dá importância e valor ao tempo, O tempo perderia o sentido se fosse abundante. Se a morte fosse indefinidamente afastada, a psique humana colapsaria exatamente como o jogador no episódio de Além da Imaginação.

Não temos ainda este dilema. Hoje não temos deficiência tanto da morte como dos problemas humanos. Poucos observadores acham que o século vinte nos deixou muito bem. Existe uma crescente prosperidade, alimentada não incidentalmente pela tecnologia da informação, mas a espécie humana ainda está sendo desafiada por questões e dificuldades não muito diferentes daquelas pelas quais tem lutado desde o início de sua história documentada.

O século vinte e um será diferente. A espécie humana, juntamente com a tecnologia computacional que criou, será capaz de resolver velhos problemas de carências ou de desejos e estará em posição de mudar a natureza da mortalidade num futuro posbiológico. Temos a capacidade psicológica para todas as coisas boas que nos esperam? Provavelmente não. Porém, isto também pode mudar.

Antes do próximo século terminar, os seres humanos não mais serão as entidades mais capazes e inteligentes no planeta. Na verdade deixe-me rever isto. A verdade desta última afirmação depende em como nos definimos humanos. E aqui vemos uma profunda diferença entre estes dois séculos: A principal questão política e filosófica do próximo século será a definição de quem nós somos.

"The Age of Spiritual Machines" (parte do Prólogo)
Autor: Ray Kurzweil
Viking Penguin, 1999 -
Extrato traduzido por Mário Porto
Em seu primeiro livro em 1990, "The Age of Intelligent Machines" Kurzweil recebeu o prêmio do mais extraordinário livro em Ciência da Computação pela American Publisher em 1990. Foi também vencedor do "Dickson Prize, Carnegie Mellon's top science prize" em 1994. O Massachusetts Institute of Technology (MIT) o nomeou o inventor do ano em 1988 e ele detém nove doutorados honorários e medalhas conferidas por dois presidentes americanos. O seu livro seguinte cujo prólogo traduzi, parcialmente, "The Age of Spiritual Machines", é uma versão atualizada das previsões tecnológicas para dez anos do livro de 1990 (The Age of Intelligent Machines) as quais foram quase que integralmente confirmadas e foi publicado em 1999 oferecendo novas previsões tecnológicas detalhadas até 2039 e um resumo em forma de diálogo para 2099. Em 2006 Kurzweil completou o quadro com o extraordinário ‘The Singularity is Near ”.



A MPHP E EDGAR MORIN



Acreditamos inteiramente nas palavra de Edgar Morin, historiador, sociólogo e filósofo e um dos maiores pensadores do século XX quando ele afirma:

“Em um certo sentido sou fruto da cultura universitária; em outro minha indisciplinaridade e minha transdisciplinaridade me fizeram ser condenado pelo alto mandarinato durante décadas. Quanto desdém me valeu, entre educadores, meu desejo de me educar!”.

Exposamos a mesmas idéias quanto à junção das culturas humanística e científica quando ele também afirma:

“Da mesma forma que eu quis estabelecer a comunicação, nunca pude me isolar na sociologia fechada, na antropologia fechada, na filosofia fechada ou na ciência fechada. Assim, che¬guei a fazer naturalmente a ponte entre a cultura humanística e a cultura científica. Ao longo destes anos, não acumulei uma verdadeira cultura científica, isto é, que tenha passado pêlos departamentos de ciências nas universidades e que respeitasse cortes disciplinares. Pelas vias de penetração das "três teorias", eu quis me aproveitar de noções estratégicas e de idéias-chave, procurei compreender suas abrangências, tentei problematizar, unir e refletir. Em suma, eu quis introduzir a cultura humanística na cultura científica e a cultura científica na cultura humanística, para um diálogo que modifique uma e outra".

Morin concui de forma brilhante que “A cultura humanística e a cultura científica separadas são duas sub-culturas.”


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