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Segunda-feira, Novembro 26, 2007

Humanidade Encurta a Vida do Universo

Por Roger Highfield, Editor de Ciência do Telegraph.co.uk
KurzweilAI.Net 21/11/2007

Esqueça as ameaças que a humanidade impõe à Terra: nossas atividades podem estar encurtando a vida do universo também.

A alegação espantosa foi feita por um par de cosmologistas que investigam as conseqüências para o cosmo da teoria quântica a teoria de maior sucesso que temos. Nos últimos anos, os cosmologistas têm utilizado esta poderosa teoria sobre o que acontece no nível das partículas subatômicas e tentado expandi-la para entender o universo, uma vez que ele começou no reino subatômico durante o Big Bang.

A Nebulosa Boomerang Nebula, a humanidade observando e encurtando a vida do universo
Mas existe uma estranha característica na teoria que filósofos e cientistas ainda discutem a respeito. Em poucas palavras, a teoria sugere que mudamos as coisas simplesmente por observá-las e os teóricos trabalham há muitos anos sobre as implicações deste quebra-cabeças.

Freqüentemente eles ilustram suas preocupações sobre o significado da teoria com experimentos instigantes, como o notabilizado gato de Schrodinger no qual graças a um arranjo experimental o felino está tanto vivo como morto até que alguém decida olhar, quando então ou ele permanece vivo ou morre. Isto acontece por uma interpretação (por outra, o universo se divide em dois, um com um gato vivo e outro com um gato morto.)

A revista New Scientist relata uma nova preocupante variante na medida que os cosmologistas alegam que os astrônomos podem estar empurrando, acidentalmente, o universo para mais perto do seu fim pela observação da energia escura, uma misteriosa força anti-gravitacional que se imagina estar aumentando a velocidade de expansão do cosmos.

As alegações dos danos são feitas pelo Prof. Lawrence Krauss da Case Western Reserve University em Cleveland, Ohio, e James Dent da Vanderbilt University, Nashville, o qual sugere que ao fazer esta observação em 1998 podemos ter causado o cosmo reverter a um estado anterior quando estava mais perto do fim. "Inacreditável como parece, nossa detecção da energia escura pode ter reduzido a expectativa de vida do universo," disse o Prof Krauss à New Scientist.

A equipe chegou a esta depressiva conclusão através do cálculo de como o estado de energia de nosso universo - uma espécie de soma de todas suas partículas e suas energias - têm evoluído desde o big bang da criação, a cerca de 13,7 bilhões de anos atrás.

Algumas teorias matemáticas sugerem que, no começo existia um vácuo que possuia energia , mas era vazio de matéria. Então o vácuo mudou, convertendo energia em matéria quente do big bang. Mas a equipe sugere que o vácuo não converteu toda a energia na matéria que era capaz, retendo alguma na forma do que hoje chamamos de energia escura (dark energy), a qual agora acelera a expansão do cosmo.

Tal como o decaimento de um átomo radioativo, esta troca de estado de energia acontece de forma randômica e é possível que isto possa desencadear um novo Big Bang. A boa notícia é que a teoria sugere que o universo deve permanecer em seu estado atual.

Mas a má notícia é que a teoria quântica afirma que quando observamos ou medimos alguma coisa podemos fazer com que o decaimento cesse devido ao que é chamado de "Efeito Zeno Quântico", o qual sugere que se um "observador" faz repetidas observações rápidas em um objeto microscópico que evolui numa mudança o objeto pode encerrar a mudança.

Desejando ler a notícia na sua íntegra, acesse (em inglês): Telegraph.co.uk

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