Muito barulho em 140 caracteres

De Vanessa Nunes Jornal Zero Hora

Uma boa matéria analítica do Jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul, sobre qual o papel e como está a presença do twitter hoje em todo o mundo.

O Twitter relatou a repressão na China, o golpe em Honduras, os distúrbios no Irã, a corrupção no Senado brasileiro e sua rede social planetária aumenta todos os dias.

Até parece que só se fala dele na internet. Tem sido usado tanto pelos jovens para organizar encontros em volta de mesas de bar quanto para políticos adiantar ao público decisões tomadas a portas fechadas. Mistura de blog e rede social, o Twitter é o atual queridinho da web. E, claro, novo alvo da censura chinesa à web.

O serviço foi um dos bloqueados esta semana pelo governo da China na esperança de cortar o fluxo de informações sobre os distúrbios étnicos que levaram a dezenas de mortes na região de Xinjiang. A China é o país com mais internautas no mundo, 300 milhões, mas sofre uma dura censura de conteúdos na rede, especialmente em momentos de tensões políticas ou em datas “sensíveis” para o governo comunista.

No mês passado, já havia sido uma das vedetes dos protestos no Irã, onde houve uma série de manifestações após a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad.

O Twitter é aquele site em que cada um pode publicar mensagens com um limite de até 140 toques. Essas atualizações podem ser acompanhadas em tempo real pelos seus “seguidores”, no vocabulário típico dos seus usuários. Bem, e dá pra “tuitar” até do celular, o que dá mais instantaneidade à ferramenta.

Só que apesar do burburinho, o serviço não é novo. Criado em 2006 nos Estados Unidos, ficou mais conhecido no segundo semestre do ano passado com o uso nas eleições presidenciais americanas. Em 2009, veio a adesão de celebridades, o que jogou mais holofote à ferramenta, deixando de ser coisa só dos geeks, aqueles aficcionados por tecnologia que são os primeiros a aderir às novidades. Tanto que a apresentadora Oprah Winfrey disse “se sentir no século 21” ao adotar o microblog, em abril. O ator de Hollywood Ashton Kutcher, marido da atriz e também usuária do Twitter Demi Moore, venceu uma disputa com a rede de TV CNN por quem chegaria primeiro a 1 milhão de seguidores. Recentemente, o senador democrata Agripino Maia (RN) antecipou via Twitter sua posição favorável ao afastamento do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).

O Twitter é a rede social que mais cresceu no Brasil este ano (477%, apontam os números do Ibope Nielsen Online). Mesmo assim, foi acessado em maio por apenas um em cada 10 pessoas que navegaram na web de casa e do trabalho. Por que, então, tanto alarde?

– É um espaço em que as pessoas estão interagindo, cidadãos comuns e também pessoas com cargos mais importantes, gente mais reconhecida. As informações que elas passam pelo Twitter acabam reverberando mais. Talvez esse seja o impacto. Todo mundo fala, vira um telefone sem fio muito rápido. Essas informações vão atingindo várias redes – explica a pesquisadora de redes sociais Raquel Recuero, professora da Universidade Católica de Pelotas.

Para o analista de internet do Ibope Nielsen Online José Calazans, o fator “novidade” contribui para essa projeção:

– O Twitter entrou na agenda pública como uma ferramenta de disseminação de opinião, mas não é algo que necessariamente esteja sendo muito usado. O Orkut é acessado por sete em cada 10 internautas brasileiros, a diferença é que não é a moda agora.

Também deve-se levar em conta o perfil mais maduro de quem navega por essa rede social. No Brasil, 62% dos usuários do microblog têm entre 18 e 34 anos, indicam as pesquisas do Ibope Nielsen Online.

Um em cada quatro internautas brasileiros com curso superior completo tuíta.

– Os grandes meios hoje de troca de mensagens pelo povão são o Orkut e os torpedos. O Twitter é mais de uma elite intelectual – esclarece a professora de comunicação da Universidade de São Paulo (USP) Beth Saad, especialista nas chamadas mídias sociais.

Há quem ache o Twitter perda de tempo. É verdade que o propósito inicial era responder “o que você está fazendo?”, mas esse uso foi extrapolado. Destaca-se por sua capacidade de se conectar com outras ferramentas, a partir de links seja para um vídeo ou uma notícia. Um exemplo veio do governador da Califórnia, o ex-ator Arnold Schwarzenegger, que fez uma foto do seu avião após um pouso de emergência, em junho, e publicou no Twitter pelo celular dizendo que estava tudo bem com ele.

Ou seja, o Twitter ampliou nossa capacidade de ficar informados. Navegamos mais, seja por links, compartilhados pelos nossos amigos ou pelo seu uso por veículos da imprensa tradicional, que nos informam por lá, remetendo aos seus sites. Para Beth, este não deverá ser daqueles serviços que caem no esquecimento tão logo deixem de ser vistos como novidade. Claro, não é a todos que vai ter utilidade, mas tende a ter um público cativo.

– O Twitter tem se mostrado muito útil porque tem informação. As pessoas vão para o Orkut para encontrar os amigos, para saber da vida dos vizinhos, não para saber o que está acontecendo no mundo – diferencia Raquel.

As empresas também estão procurando tirar proveito desse oba-oba. Mas o destaque talvez seja mesmo o importante papel como palco de mobilização política online. Isso já ocorreu até no Brasil: o movimento Fora Sarney ganhou força em 140 caracteres.

Por isso, não estranhe quando o Twitter virar importante plataforma nas campanhas eleitorais do próximo ano no país. Vai ter muito político querendo seguir a cartilha de Barack Obama e se mostrando antenado com as novas tecnologias. Aliás, há até um site (www.politweets.com.br) que já reúne o nome de alguns políticos brasileiros “tuiteiros”.

Internet: Pode se saturar em 2 anos

KurzweilAI Net
By Grant Gross, IDG News Service

Consumidores pessoais e corporativos do uso da Internet podem sobrecarregar a capacidade atual e conduzir a quedas em dois anos a não ser que os provedores invistam bilhões de dólares em infra-estrutura nova, de acordo com um estudo liberado em 19/11.

Uma inundação de novos vídeos e outros conteúdos na Web podem saturar a Internet até 2001 a não ser que os backbones dos provedores recebam investimentos na ordem de U$137 bilhões em capacidade nova, mais do que o dobro do que os provedores planejam investir de acordo com o estudo realizado pelo Nemertes Research Group, uma firma de análises independente. Somente na América do Norte, serão necessários investimentos em backbones de U$ 42 bilhões a U$ 55 bilhões nos próximos três a cinco anos para manter a demanda, afirma o grupo Nemertes.

O estudo é o primeiro a "aplicar a Lei de Moore" (ou algo bastante similar)ao progresso de aplicações de inovação na Net, diz o estudo. “Nossas descobertas indicam que embora os núcleos de fibra e chaveamentos/roteadores se adaptarão perfeitamente para virtualmente suportar qualquer demanda imaginada, a infra-estrutura de acesso à Internet, especificamente, na América do Norte, irá provavelmente deixar de ser adequada para suportar a demanda nos próximos três a cinco anos."

O estudo confirma uma preocupação de longa data da Internet Innovation Alliance (IIA), um grupo de consultoria focado na modernização das redes de banda larga nos E.U.A., afirma Bruce Mehlman, co-chairman do grupo. O grupo, com membros que incluem AT&T, Level 3 Communications, Corning, Americans for Tax Reform e o American Council of the Blind, tem alertado as pessoas do próximo "transbordamento" de vídeos e outras conteúdos da Web que podem entupir os canais.

O estudo provê "dados bons, duros e únicos" sobre as preocupações do IIA em relação à capacidade da rede, afirma Mehlman. O estudo da Nemertes sugere que a demanda para aplicações Web tais como as vídeo comum e interativo, transferências ponto-a-ponto e downloads de música irão se acelerar muito criando uma demanda por maior capacidade. Perto de três quartos dos usuários da Internet nos E.U.A assistiram uma média de 158 minutos de vídeo em Maio e assistiram mais de 8.3 bilhões de vídeos streams, de acordo com uma pesquisa da comScore, um grupo de análises.

Os usuários da Internet criarão 161 exabytes de novos dados este ano, e este transbordamento é um desenvolvimento positivo para os usuários e para os negócios, diz o IAA. Um exabyte é um quintilhão de bytes ou cerca de 1.1 bilhões de gigabytes. Um exabyte é o equivalente a 50,000 anos de vídeo DVD de qualidade.

As companhias de telecomunicações e os formuladores de políticas precisam estar alertados desta demanda, aduziu Mehlman.

“Os vídeos produziram uma explosão do conteúdo na Internet,” afirma Mehlman. “Achamos que o transbordamento não é geralmente bem entendido e sua implicação de investimento não bem definida.”

A responsabilidade por manter-se ajustado com esta crescente demanda recai sobre os provedores de backbones e os formadores da política nacional, aduziu Mehlman, também diretor executivo da Technology CEO Council, um grupo comercial, e antigo secretário assistente da política de tecnologia no U.S. Department of Commerce.

Os congressistas americanos também podem ajudar de muitas maneiras, ele disse. Por exemplo, o Congresso americano pode exigir que as companhias construtoras, os quais recebem ajuda governamental para construir casas confortáveis, incluam conexões de banda larga em suas casas, disse ele. O Congresso poderia também providenciar créditos em impostos para ajudar os provedores a aumentar a capacidade, ele afirma.

Os consumidores também pagam elevadas taxas pelos serviços de comunicação, atingindo em média 13% em alguns serviços que são taxas similares ao tabaco e o álcool. Uma taxa de serviço de telecomunicação está em vigor desde a guerra Americana-espanhola em 1898, quando poucos residentes americanos tinham telefone, ele anotou.

“Eu acho que é um erro tratar-se telecomunicações como um luxo e taxá-la como se fosse um pecado” disse ele.

NOTA DA MPHP: Se é assim nos EUA imaginem no Brasil aonde há mais de 12 anos se fala em reforma tributária sem se conseguir realizá-la. Aonde o país aumenta a arrecadação e por conta disto eleva mais ainda os gastos públicos em mordomias e na inchação dos cargos e aonde o ICMS da telefonia chega em alguns estados da federação ao absurdo de mais do que 30%.

Chegando a Internet Espacial

2007 AFP KurzweilAI.Net

Pessoas em um Internet café em Chengdu city, na província sudoeste chinesa Sichuan, em 2005. Vinton Cerf, um dos co-criadores da Internet predisse que após se expandir ao redor da Terra a Internet está agora se preparando para atingir o espaço exterior em locais nunca antes alcançados pela rede.

Vinton Cerf afirmou que a proposta da Internet "interplanetária" permitirá que as pessoas tenham possibilidades "de acessar informações e controlar experimentos realizados bem distantes da terra".

A expansão dentro do sistema solar trará novas regras e regulamentações também, disse Cerf em um fórum anual em Seoul. Ele e outros especialistas estão trabalhando num conjunto de padrões projetados para orientar a comunicação na era da Internet Espacial.

"Finalmente, a Internet nos levará aonde nenhuma rede jamais chegou antes" disse Cerf, que é vice-presidente da Google.

Ele afirmou que junto como um time de engenheiros do Jet Propulsion Laboratory na Califórnia vai completar a parte chave do projeto - estabelecer, em três anos, padrões para comunicações espaciais como as da Internet.

Cerf afirmou, em uma conferência separada de imprensa, que os novos padrões serão necessários em razão das enormes distâncias e atrasos temporais envolvidos nas comunicações através do espaço.

Ele disse mais: "Este esforço está agora produzindo frutos e está na rota para que o espaço esteja qualificado e padronizado num prazo até 2010.

"Certamente adicionaremos um backbone interplanetário para assistir as missões remotas e tripuladas com uma comunicação potente."

Cerf, visto como um dos pais da Internet juntamente com Robert Kahn, maravilhou-se com o seu crescimento explosivo na última década afirmando que a tendência continuará.

O número de usuários na Internet tem crescido 20 vezes na última década para cerca de 1.2 bilhões neste ano, com o número de servidores aumentando de 22,5 milhões para 489 milhões ele disse.

"No futuro," aduziu, "o mundo inteiro terá acesso a estes serviços que estão disponíveis na Internet."

Uma das mudanças marcantes foi o enorme crescimento da Internet na Ásia que agora atinge 436 milhões de usuários, muito acima dos 321 milhões da Europa e dos 233 bilhões da América do Norte, o berço da web, diz ele.

"O fato de existirem tantos usuários na Ásia sugere que o conteúdo da Internet vai certamente conter mais informações em idiomas diferentes do inglês do que hoje", ele aduziu.

Mudanças tecnológicas estão ocorrendo para manter o passo com esta expansão e um dos desafios principais sendo a diminuição dos endereços na Internet.

Atualmente a internet permite apenas 4,3 bilhões de endereços distintos, muito mais que em 1970, mas ainda não suficiente, disse Cerf, que também tem acento na Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN).

Ele disse que o ICANN, que gerencia nomes de domínio e endereços estava preparando para lançar um novo formato que acomoda 340 trilhões trilhões trilhões de endereços.

Cerf afirmou que o ICANN se reunirá no final deste mês para discutir a expansão do número de caracteres usados para os nomes internacionalizados de domínios (IDNs) tais como .com ou .net, os quais atualmente somente adotam nomes latinos e romanos.

"Em algum momento na primeira metade de 2008, espero que existirão oportunidades de registrar IDNs usando idiomas diferentes do Latim," disse ele.

Ele disse esperar que bilhões de aparelhos capazes de acessar a Internet irão surgir, com itens cobrindo praticamente todos os eletrodomésticos tais como televisão, rádios, equipamentos de cozinha, equipamentos de fax e impressoras, refrigeradores e balanças de banheiro.

Abaixo Assinado na Internet pelo Estado Laico

Esta sendo oferecido na Internet um abaixo-assinado online (no site
Petition Online)solicitando aos deputados federais a aprovação de um
projeto de lei visando impedir que alguém utilize seu poder religioso
para obter poder político e, no fim das contas, formar bancadas
religiosas que ameacem a separação entre Igreja e Estado. O
projeto de lei foi proposto pela deputada Denise Frossard para
ser acrescido à Lei das Inelegibilidades.

Visite e assine!

Abaixo-Assinado pela incompatibilidade entre a função religiosa e
a função governamental:

www.petitiononline


Site da deputada Denise Frossard aonde o projeto de lei pode ser
lido:

www.denisefrossard.com.br