Internet: Pode se saturar em 2 anos

KurzweilAI Net
By Grant Gross, IDG News Service

Consumidores pessoais e corporativos do uso da Internet podem sobrecarregar a capacidade atual e conduzir a quedas em dois anos a não ser que os provedores invistam bilhões de dólares em infra-estrutura nova, de acordo com um estudo liberado em 19/11.

Uma inundação de novos vídeos e outros conteúdos na Web podem saturar a Internet até 2001 a não ser que os backbones dos provedores recebam investimentos na ordem de U$137 bilhões em capacidade nova, mais do que o dobro do que os provedores planejam investir de acordo com o estudo realizado pelo Nemertes Research Group, uma firma de análises independente. Somente na América do Norte, serão necessários investimentos em backbones de U$ 42 bilhões a U$ 55 bilhões nos próximos três a cinco anos para manter a demanda, afirma o grupo Nemertes.

O estudo é o primeiro a "aplicar a Lei de Moore" (ou algo bastante similar)ao progresso de aplicações de inovação na Net, diz o estudo. “Nossas descobertas indicam que embora os núcleos de fibra e chaveamentos/roteadores se adaptarão perfeitamente para virtualmente suportar qualquer demanda imaginada, a infra-estrutura de acesso à Internet, especificamente, na América do Norte, irá provavelmente deixar de ser adequada para suportar a demanda nos próximos três a cinco anos."

O estudo confirma uma preocupação de longa data da Internet Innovation Alliance (IIA), um grupo de consultoria focado na modernização das redes de banda larga nos E.U.A., afirma Bruce Mehlman, co-chairman do grupo. O grupo, com membros que incluem AT&T, Level 3 Communications, Corning, Americans for Tax Reform e o American Council of the Blind, tem alertado as pessoas do próximo "transbordamento" de vídeos e outras conteúdos da Web que podem entupir os canais.

O estudo provê "dados bons, duros e únicos" sobre as preocupações do IIA em relação à capacidade da rede, afirma Mehlman. O estudo da Nemertes sugere que a demanda para aplicações Web tais como as vídeo comum e interativo, transferências ponto-a-ponto e downloads de música irão se acelerar muito criando uma demanda por maior capacidade. Perto de três quartos dos usuários da Internet nos E.U.A assistiram uma média de 158 minutos de vídeo em Maio e assistiram mais de 8.3 bilhões de vídeos streams, de acordo com uma pesquisa da comScore, um grupo de análises.

Os usuários da Internet criarão 161 exabytes de novos dados este ano, e este transbordamento é um desenvolvimento positivo para os usuários e para os negócios, diz o IAA. Um exabyte é um quintilhão de bytes ou cerca de 1.1 bilhões de gigabytes. Um exabyte é o equivalente a 50,000 anos de vídeo DVD de qualidade.

As companhias de telecomunicações e os formuladores de políticas precisam estar alertados desta demanda, aduziu Mehlman.

“Os vídeos produziram uma explosão do conteúdo na Internet,” afirma Mehlman. “Achamos que o transbordamento não é geralmente bem entendido e sua implicação de investimento não bem definida.”

A responsabilidade por manter-se ajustado com esta crescente demanda recai sobre os provedores de backbones e os formadores da política nacional, aduziu Mehlman, também diretor executivo da Technology CEO Council, um grupo comercial, e antigo secretário assistente da política de tecnologia no U.S. Department of Commerce.

Os congressistas americanos também podem ajudar de muitas maneiras, ele disse. Por exemplo, o Congresso americano pode exigir que as companhias construtoras, os quais recebem ajuda governamental para construir casas confortáveis, incluam conexões de banda larga em suas casas, disse ele. O Congresso poderia também providenciar créditos em impostos para ajudar os provedores a aumentar a capacidade, ele afirma.

Os consumidores também pagam elevadas taxas pelos serviços de comunicação, atingindo em média 13% em alguns serviços que são taxas similares ao tabaco e o álcool. Uma taxa de serviço de telecomunicação está em vigor desde a guerra Americana-espanhola em 1898, quando poucos residentes americanos tinham telefone, ele anotou.

“Eu acho que é um erro tratar-se telecomunicações como um luxo e taxá-la como se fosse um pecado” disse ele.

NOTA DA MPHP: Se é assim nos EUA imaginem no Brasil aonde há mais de 12 anos se fala em reforma tributária sem se conseguir realizá-la. Aonde o país aumenta a arrecadação e por conta disto eleva mais ainda os gastos públicos em mordomias e na inchação dos cargos e aonde o ICMS da telefonia chega em alguns estados da federação ao absurdo de mais do que 30%.